FILOSOFIA

ILUSÃO
A Influência das Ilusões nas Nossas Vidas
Traçar o papel das ilusões na génese das opiniões e das crenças seria refazer a história da humanidade. Da infância à morte, a ilusão envolve-nos. Só vivemos por ela e só ela desejamos. Ilusões do amor, do ódio, da ambição, da glória, todas essas várias formas de uma felicidade incessantemente esperada, mantêm a nossa actividade. Elas iludem-nos sobre os nossos sentimentos e sobre os sentimentos alheios, velando-nos a dureza do destino. 
As ilusões intelectuais são relativamente raras; as ilusões afectivas são quotidianas. Crescem sempre porque persistimos em querer interpretar racionalmente sentimentos muitas vezes ainda envoltos nas trevas do inconsciente. A ilusão afectiva persuade, por vezes, que entes e coisas nos aprazem, quando, na realidade, nos são indiferentes. Faz também acreditar na perpetuidade de sentimentos que a evolução da nossa personalidade condena a desaparecer com a maior brevidade.

Todas essas ilusões fazem viver e aformoseiam a estrada que conduz ao eterno abismo. Não lamentemos que tão raramente sejam submetidas à análise. A razão só consegue dissolvê-las paralisando, ao mesmo tempo, importantes móbeis de acção. Para agir, cumpre não saber demasiado. A vida é repleta de ilusões necessárias. 
Os motivos para não querer multiplicam-se com as discussões das coisas do querer. Flutua-se então na incoerência e na hesitação. «Tudo ver e tudo compreender», escrevia Mme. de Stael, «é uma grande razão de incerteza». Uma inteligência que possui o poder atribuído aos deuses de abranger, num golpe de vista, o presente e o futuro, a nada mais se interessaria e os seus móbeis de acção ficariam paralisados para sempre. 
Assim considerada, a ilusão aparece como o verdadeiro sustentáculo da existência dos indivíduos e dos povos, o único com que se possa sempre contar. Os livros de filosofia esquecem-no por vezes. 

Gustave Le Bon, in 'As Opiniões e as Crenças'
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                                                        O não poder!!!




De longe hei de te amar - da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância.


O SER INACABADO


O saber humano se espalha para todos os lados, a perder de vista, de modo que nenhum indivíduo pode saber sequer a milésima parte daquilo que é digno de ser sabido.

Arthur Schopenhauer


FANATISMO

Nem todos os loucos ou burros são fanáticos, mas todos os fanáticos são loucos ou burros.

Arthur Shopenhauer

Eterno Retorno segundo Nietzsche

Com o Eterno Retorno Nietzsche questiona a ordem das coisas. Indica ,um mundo não feito de pólos opostos e inconciliáveis, mas de faces complementares de uma mesma—múltipla, mas única—realidade. Logo, bem e malangústia e prazer, são instâncias complementares da realidade - instâncias que se alternam eternamente. Como a realidade não tem objetivo, ou finalidade (pois se tivesse já a teria alcançado), a alternância nunca finda. Ou seja, considerando-se o tempo infinito e as combinações de forças em conflito que formam cada instante finitas, em algum momento futuro tudo se repetirá infinitas vezes. Assim, vemos sempre os mesmos fatos retornarem indefinidamente.
Outras observações importantes a respeito do Eterno Retorno são suas relações com o Amor fati e a vontade de potência. Detenhamo-nos ligeiramente noAmor fati -- Amor ao destino.



A condição humana de Hannah Arendt

Ao começar sua obra, “A condição humana”, Hannah Arendt alerta: condição humana não é a mesma coisa que natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte. Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornam-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar. Sendo assim, somos condicionados por duas maneiras:
  1. Pelos nossos próprios atos, aquilo que pensamos, nossos sentimentos, em suma os aspectos internos do condicionamento.
  2. Pelo contexto histórico que vivemos, a cultura, os amigos, a família; são os elementos externos do condicionamento.


06/07/11


Liberdade segundo " Satre "


Segundo Satre:
O homem é um ser apenas possível. Existo à medida que transformo esse possível em real.
É no processo livre de escolha, a cada dia, de nossa existência que construímos a essência humana. Escolhemos a nossa essência ao procedermos à escolha do personagem que pretendemos ser. Daí, a famosa frase de Sartre: “A existência precede a essência”.
Frequentemente esqueço que eu mesmo escolhi livremente construir os amores, esquecer-me dos amigos ou curtir meus pais. Mas o mais saboroso, e quase fantástico, desta aventura humana é que cada uma vai fazendo sua libertação ao longo deste caminhar. E não só a sua vida, mas de toda a humanidade, pois, com sua vida, está construindo sua essência humana.

O homem é um ser que não pode querer senão a sua liberdade e que reconhece também que não pode querer senão a liberdade dos outros. Daí que ninguém vive livre sozinho... Enfim, para Sartre, não existe o destino, nós construímos o nosso futuro.
Fonte: Almeida, F.J.; "Sartre - É Proibido Proibir", Editora FTD, São Paulo, 1988.


Paixão ( A pedidos alunas e alunos) Explicação:

Paixão:( latim, passio) Em Aristóteles, a paixão (pathos)( Patologia) ( doença) é uma das dez *categorias, a qual designa uma ação que se sofre , transmitindo a ideia de passividade, por exemplo, ser cortado, ser queimado.

Segundo Descartes, as paixões são os estados afetivos, "excitados na alma sem nenhum auxílio da vontade e, por conseguinte, sem nenhuma ação que provém dela, apenas pelas impressões que estão no cérebro, já que tudo que não é ação é paixão".

A partir do romantismo, a noção de paixão adquire um sentido de *desejo, de exaltação, que impele o indivíduo a um objetivo desejado. A paixão opões-se assim à razão e à reflexão, enquanto impulso, sentimento, emoção, que faz com que o indivíduo aja visando a satisfação de um desejo.
Ex: paixão pela música.

Em nossos dias, o termo paixão designa uma "tendência de certa duração, bastante poderosa para dominar a vida do espírito" ( Lalande). Seu valor fica muito ligado ao objeto: o jogo e o álcool são paixões lamentáveis; o amor da verdade e o patriotismo são paixões nobres. No primeiro caso, a paixão anula a razão e a vontade; no segundo, as reforça. É no primeiro caso que se diz de alguém que " está cego pela paixão" : diante dos tribunais, os chamados " crimes passionais" frequentemente se beneficiam de circunstâncias atenuantes, não porque a paixão seja boa, mas porque priva o indivíduo de parte de sua vontade, consequentemente de parte de sua responsabilidade.

Dicionário básico de Filosofia
Hilton Japiassú, Danilo Marcondes
Jorge ZAHAR Editor


Enquete "critica a religião"

O filósofo Feuerbach criticou a religião como alienação. Os seres humanos vivem, desde, sempre, numa relação com a natureza e, desde muito cedo, sentem necessidade de explicá-la e o fazem analisando a origem das coisas, a regularidade dos acontecimentos naturais, a origem da vida, a causa da dor e da morte, a conservação do tempo passado na memória e a esperança de um tempo futuro. Para isso, criam os deuses. Dão-lhes forças e poderes da realidade, dotado de forças e poderes maiores dos que os humanos.
Neste movimento, gradualmente, de geração a geração, os seres humanos se esquecem de que foram os criadores da divindade, invertem as posições e julgam-se criados pelos deuses. Este cada vez mais, tornam-se seres onipotentes, oniscientes e distantes dos humanos, exigindo deste culto, rito e obediência.


O Sagrado

          O sagrado é a experiência da presença de uma potência ou de uma força sobrenatural que habita algum ser, planta , animal, humano, coisas, ventos, águas, fogo. Essa potência é tanto um poder que pertence própria e definitivamente e um determinado ser quanto algo que ele pode possuir e perder, não ter e adquirir. O sagrado é a experiência simbólica da diferença entre seres, da superioridade de alguns sobre outros, do poderio de alguns sobre outros - superioridade e poder sentidos como espantosos, misteriosos, desejados e temidos.

A experiência do sagrado.

Marilena Chaui


Café Filosófico

CPLF-Cultura

CPFL- Cultura é super interessante quem não consegue ver o Café Filosófico de Domingo ou algum tema diferente...poderá assistir gratuitamente.Temas diversos. Debate por grande Filósofos, Antropologos, Sociologos, Psicánalistas e Psicólogos.


Exploração

          Max Stiner, procura demonstrar como, através da história, a humanidade foi levada a se sacrificar por ideais abstratos (fantasmas) . Estes ideais, ao invés de trazerem felicidade, apenas serviram de fachada para que uma minoria de indivíduos egoístas se beneficiassem do trabalho da maioria da população. Contra isso, Max Stiner propôs que todos os indivíduos se tornassem egoístas também , se associando voluntariamente conforme necessário, mas zelando pelos seus próprios interesses pessoais. Segundo ele , só assim a exploração de poucos por muitos poderia ser abolida!


Max Stiner.


Desejo e verdade!!!

          O desejo da verdade aparece muito cedo nos seres humanos e se manifesta como desejo de confiar nas coisas e nas pessoas, isto é, de acreditar que as coisas são exatamente tais como as percebemos e o que as pessoas nos dizem é digno de confiança e crédito. Ao mesmo tempo, nossa vida cotidiana é feita de pequenas e grandes decepções e , por isso, desde cedo, vemos as crianças perguntarem aos adultos se tal ou qual coisa " é verdade ou é de mentira"

JORNAL DO PAULO OCTÁVIO

JORNAL DO PAULO OCTÁVIO 2ª EDIÇÃO from Profº. Célio